"Gratidão ao meu Pai" - Compositor Belmontense tem obra musical gravada pela Banda Municipal de Botucatu - SP
EDIÇÃO ESPECIAL - ASCOM - F15 / RAÍ CRUZ
O compositor e Músico Belmontense Ronald Magnavita dos Santos Filho é referência na música em diferentes segmentos e com grande destaque no mundo das Bandas Filarmônicas e Orquestras. Já trabalhou com nomes importantes da música brasileira. Incluse a Banda Filarmônica 15 de Setembro, já teve a honra de recebê-lo varias vezes na sede social bem como de tocar alguns de seus arranjos e principalmente de tê-lo tocando em suas fileiras. Ele se destaca por ser um belmontense humilde, carismático, atencioso, bom pai, bom filho, bom irmão, bom amigo e um exelente instrumentista.
Momentos dificeis todos nós já passamos um dia na vida, ele contará um pouco da sua história de vida pessoal e como surgiu a composição "Gratidão ao mei pai" , para todos nós.
No último dia 23 de Junho de 2021, a Banda Municipal de Botucatu, sob a regência do Msto. Franklin Ramos, executou essa briosa obra musical que relata piamente os momentos vida e a real motivação para essa composição existir.
O compositor e Maestro Ronald Filho contou para nós como iniciou a composição em homenagem ao seu pai - "Compus essa peça no estilo de Dobrado, porém de uma forma um pouco diferente dos tradicionais. História dessa composição e sua forma, veio depois de grandes dificuldades que minha família passou. Doença de minha mãe, dificuldades nas décadas de 80,90 e no período entre os anos de 2000 a 2009 que justamente foram os mais difíceis, separação de meus pais e a luta para sobreviver, e meu pai, como sempre mantendo-se sóbrio e muito lúcido nos objetivos, conduzindo tudo com sabedoria. Meus pais casaram novamente, depois de 8 anos de divórcio, e outra porrada da vida, com um de seus filhos, um momento muito delicado que não ouso a registrar aqui" - relatou o belmontense.
A execução do "Gratidão ao meu pai"
Intrudução musical relatos na integra do compositor:
Refere-se a alegria, chegada, logo depois em um estilo de uma "falsa marcha que poderia ser escrita em 4/4 porém, optei em 2/4. Nesse momento que é o primeiro movimento ( S ), Busquei inspiração nas andanças e mudanças de cidades e vida sacerdotal do meu pai, ja que ele é Pastor Presbiteriano por vocação, e graduado em Teologia, Técnico e Bacharel em Contabilidade (Contador). No "S" nesse momento a marcha simboliza a vida tripla que meu pai exercia. Cuidar de igreja, do escritório de contabilidade e da família.
Depois no segundo momento uma preparação com alguns anúncios mudando momentaneamente os tons, com as variações das madeiras, os anúncios do trompetes e logo em seguida o momento de reflexão, a parte calma com uma melodia branda e com os contracantos fazendo suavemente frases em staccato, mas que ao longo entra conflito proposital entre melodia, harmonia, contracantos, baixos e percussão e logo volta à normalidade, nesse momento quis retratar a sabedoria do meu pai em lidar com tantos problemas e sem se abalar emocionalmente, solucionando cada problema com sabedoria.
Depois volto ao "S" a marcha, simbolizando o retorno de onde viemos e assim, entrando no forte do Dobrado com graves e percussão fazendo a melodia forte e marcante.
A parte B do dobrado, que é a melodia mais suave, tento mostrar um período de calmaria que nossa família teve, até entrarmos no forte. Logo após o forte, eu imaginei um momento crítico que abalou muito o meu pai e que trouxe muita tristeza, e assim termino o dobrado com um final totalmente diferente deixando uma interrogação se terá ou não continuidade da música? Mas na verdade termina deixando propositalmente aquela pergunta: "Ele deveria ter escrito mais."
